Segundo a ONU 55 milhões de brasileiros ou 25% da população, conforme projeções do IBGE, vão morar em favelas até o ano de 2020 (Fonte: Jornal Correio da Paraíba, página A-5, 17/06/2006). E se você acha que essa é a notícia ruim, veja isso: em 2005 52,3 milhões de brasileiros já moravem em favelas, ou seja, 28% da população. É isso mesmo, mais de 1/4 da população brasileira já vive em favelas. Sem querer desmerecer os problemas sociais diretamente ligados à esses fatos como violência, falta de infra-estrutura, dificuldade de acesso, riscos de desabamentos (grande parte das favelas se encontram em morros ou encostas), essa notícia é potencialmente preocupante para aqueles que trabalham diretamento no ramo da construção civil. Isso acontece porque as construções em favelas são, em sua maioria, fruto da auto-construção. Quando alguém precisa construir sua casa não vai contratar projetos ou qualquer profissional para garantir o mínimo de segurça estrutural para a edificação, ele simplesmente compra o material, junta a família e os amigos e toca a obra, do jeito dele.
E qual o problema disso? O problema é simples. Pense bem, 28% da população NUNCA vai contratar um Arquiteto, um Engenheiro, um Tecnólogo, nem outro profissional habilitado, isso é, para a nossa categoria (englobo aí todos os profissionais ligados à construção civil) só se pode contar como oportunudade de negócios com 72% da população. Ter uma moradia digna, construída nos melhores padrões técnicos com o apoio de profissionais da área deveria ser um direito de todo cidadão.
Não há uma maneira simples de resolver esse problema pois o fato das favelas existirem é uma necessidade recorrente na sociedade, em pequena escala impulsionada, paradoxalmente, pela mesma indústria da construção, nesse caso específico relacionado aos operários das obras que têm, muitas vezes, como duas únicas oportunidades de moradia ou ser alojado da obra ou morar próximo a obra, isto é, na favela vizinha ao bairro nobre onde sua obra se encontra. Prestem atenção, grande parte dos bairros nobres têm próximo alguma favela. Isso ocorro pois é a única moradia barata, próxima ao local de trabalho, para a mão-de-obra mais simples que serve aos interesses dos moradores dos bairros mais nobres.
19 junho 2006
06 maio 2006
Um início
No tempo de meus pais, para que uma pessoa se sentisse realizada dizia-se que deveria escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Dessa forma sua existência na terra estaria definitivamente registrada.
Atualmente, em parte, as coisas não são tão simples. Na loucura do dia a dia sequer temos tempo para regar uma planta ou setar e pensar naquele que seria o livro de nossas vidas. E, para se ter um filho hoje, devemos pensar uma, duas, três... vezes. Enfim, deixemos de pessimismo. Com a velocidade que as coisas estão tomando, o velho ditado merece uma atualização. No lugar do livro as pessoas escrevem Blogs, se não podem plantar árvores, pelo menos, adotam uma postura ecológica e tentam defender as que aindas existem e, no caso dos filhos, pensa-se mais quatro, cinco, seis... vezes mas, acho eu, ainda é uma boa iniciativa, desde que tomada com responsabilidade.
Sendo assim, para me tornar mais atual, estou iniciando este espaço para registrar, pelo menos pelo tempo que isso dure, alguma experiência para, se possível, tornar a vida um pouco mais engenhosa.
A sim, ia esquecendo de me apresentar. Me chamo Waldemar Nunes, sou formado e trabalho na ára de Engenharia Civil e moro atualmente em Mossoró (RN).
Atualmente, em parte, as coisas não são tão simples. Na loucura do dia a dia sequer temos tempo para regar uma planta ou setar e pensar naquele que seria o livro de nossas vidas. E, para se ter um filho hoje, devemos pensar uma, duas, três... vezes. Enfim, deixemos de pessimismo. Com a velocidade que as coisas estão tomando, o velho ditado merece uma atualização. No lugar do livro as pessoas escrevem Blogs, se não podem plantar árvores, pelo menos, adotam uma postura ecológica e tentam defender as que aindas existem e, no caso dos filhos, pensa-se mais quatro, cinco, seis... vezes mas, acho eu, ainda é uma boa iniciativa, desde que tomada com responsabilidade.
Sendo assim, para me tornar mais atual, estou iniciando este espaço para registrar, pelo menos pelo tempo que isso dure, alguma experiência para, se possível, tornar a vida um pouco mais engenhosa.
A sim, ia esquecendo de me apresentar. Me chamo Waldemar Nunes, sou formado e trabalho na ára de Engenharia Civil e moro atualmente em Mossoró (RN).
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